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Os profissionais de direito e estudantes de direito que desejam ter melhores chances de garantir um emprego no futuro, agora têm a responsabilidade inevitável de compreender a funcionalidade e as consequências jurídicas da internet e das tecnologias. Todas as áreas de Direito estão envolvidas e terão um papel ainda maior no futuro em quanto a determinação e regulamentação da maneira como as tecnologias continuarão a se desempenhar em nossas vidas.
Laura Nathalie Hernandez
"Getting ready for the future(?)" [1]
"Getting ready for the future(?)" [1]
O impacto causado pelas tecnologias e pela Internet, em muitas áreas da vida, tem sido estudado e discutido há muitos anos. Portanto, é essencial usar a transversalidade do Direito e Tecnologia, à medida que mais e mais pessoas se tornam cidadãos digitais[2].
Devido à rápida evolução das tecnologias e à internet, a compreensão do Direito no que diz respeito às Tecnologias, também exige um constante estudo, análise e atualização daqueles que dedicam seu trabalho e pesquisa a estudos jurídicos, independentemente de sua especialização ou prática[3].
Com base nas idéias anteriores, as universidades e os governos da América Latina devem considerar seriamente o impacto das tecnologias em nossas vidas, e fazer uma abordagem desde a educação. Os desafios e as oportunidades das tecnologias já estão aqui. É para nós conduzi-los para melhor servir a educação dos alunos que terão que enfrentar uma demanda de emprego diferente no futuro do que a que conhecemos.
É fundamental começar a ensinar estudantes de direito, de tal forma que se tornem capazes de analisar, contribuir e inserir-se no futuro[4] como profissionais de direito com a capacidade de se distinguir de qualquer tipo de tecnologia que fará o trabalho atualmente feito por advogados.
É fundamental começar a ensinar estudantes de direito, de tal forma que se tornem capazes de analisar, contribuir e inserir-se no futuro[4] como profissionais de direito com a capacidade de se distinguir de qualquer tipo de tecnologia que fará o trabalho atualmente feito por advogados.
Por que mais universidades na América Latina ainda não implementaram cursos de Direito e Tecnologia?
É cada vez mais importante, para nós, latino-americanos, se envolver no estudo e debate sobre questões de Direito e Tecnologia. O oposto representa uma grande desvantagem na pesquisa e participação acadêmica em atividades relacionadas à matéria. Continuaremos ficando para trás.
Existe uma oferta de cursos e ferramentas on-line para avançar no campo de Direito e Tecnologia. No entanto, estes não são sempre acessíveis para a grande maioria dos estudantes na América Latina, seja por razões econômicas, como a falta de bolsas de estudo, o custo alto dos livros de estudo ou dos certificados, ou devido à falta de acesso (ou deficiente) à Internet.
Às vezes, mesmo o acesso a cursos tradicionais de direito é difícil financeiramente, ou cansativo, devido às particularidades geográficas das áreas onde vivem alguns estudantes; às vezes obriga o aluno a deslocar-se longas horas de uma área para outra. Por último, o fator de tempo. Algumas áreas de estudo requerem um estudo contínuo devido às mudanças constantes das tecnologias, portanto, a atualização simplesmente se torna muito pesada.
Não podemos continuar evitando essa conversa ...
"[A]bbiamo di fronte cinque sfide da cui dipende il futuro dell’umanità: ambientale, tecnologica, economica, geopolitica e democratica (...) ecco arrivare a un certo momento la riflessione sull’università “che deve guardare fuori dalla finestra, immergersi nel mondo in cui vive”, puntando a un cambiamento della didattica e della ricerca cercando di essere davvero capace di declinare concretamente quella interdisciplinarietà “molto lodata in pubblico, ma attivamente scoraggiata in pratica"[5].
É cada vez mais importante, para nós, latino-americanos, se envolver no estudo e debate sobre questões de Direito e Tecnologia. O oposto representa uma grande desvantagem na pesquisa e participação acadêmica em atividades relacionadas à matéria. Continuaremos ficando para trás.
Existe uma oferta de cursos e ferramentas on-line para avançar no campo de Direito e Tecnologia. No entanto, estes não são sempre acessíveis para a grande maioria dos estudantes na América Latina, seja por razões econômicas, como a falta de bolsas de estudo, o custo alto dos livros de estudo ou dos certificados, ou devido à falta de acesso (ou deficiente) à Internet.
Às vezes, mesmo o acesso a cursos tradicionais de direito é difícil financeiramente, ou cansativo, devido às particularidades geográficas das áreas onde vivem alguns estudantes; às vezes obriga o aluno a deslocar-se longas horas de uma área para outra. Por último, o fator de tempo. Algumas áreas de estudo requerem um estudo contínuo devido às mudanças constantes das tecnologias, portanto, a atualização simplesmente se torna muito pesada.
Não podemos continuar evitando essa conversa ...
"[A]bbiamo di fronte cinque sfide da cui dipende il futuro dell’umanità: ambientale, tecnologica, economica, geopolitica e democratica (...) ecco arrivare a un certo momento la riflessione sull’università “che deve guardare fuori dalla finestra, immergersi nel mondo in cui vive”, puntando a un cambiamento della didattica e della ricerca cercando di essere davvero capace di declinare concretamente quella interdisciplinarietà “molto lodata in pubblico, ma attivamente scoraggiata in pratica"[5].
As finanças desempenham um papel importante, mas também é um investimento para o desenvolvimento sustentável de nossos países. Uma abordagem das consequências jurídicas das tecnologias enriqueceria as universidades com debates, e ajudaria expandir as áreas de pesquisa. Esses profissionais terão melhores oportunidades de contribuir de volta para seus países de origem.
Com o desenvolvimento contínuo e recente das tecnologias, como a Inteligência Artificial, parece fácil conciliar e aceitar a visão de Escolas de Direito como um ponto de encontro para realizar debates multidisciplinares entre pesquisadores, e para discutir questões que envolvam a interseção das suas areas de estudo com o Direito.
Fontes:
[1] Tradução livre. do texto original RIVERA, Laura Nathalie H. "Getting Ready for the Future(?). Blog: Technicality: Musings, Tech & Law. Disponivel: http://hnlconsulting.blogspot.com.br/2018/02/getting-ready-for-the-future.html?spref=tw
[2] O autor, fazendo alusão ao artigo da Wired Magazine, descreve o entusiasmo e acréscimo dos usuários de novas tecnologias que olham elas como uma ferramenta pra a participação política e como meio pra reviver a democracia. FERDINAND, Peter. The Internet, Democracy and Democratization (Democratization Studies).Taylor and Francis: Kindle Edition. p.8
[3] Em 2014, a Associação Americana dos Advogados (American Bar Association), como consequência dos avanços e os diversos efeitos jurídicos trazidos pelas tecnologias a praticamente todos os âmbitos da vida cotidiana em sociedade, já falava sobre o futuro da profissão (anho 2020), e as qualidades dos advogados que irão suceder frente aos novos paradigmas abordados pelo direito digital: “The key to our future success as legal service providers lies in our ability to identify the specific lawyering areas in which we can be replaced and those in which we cannot be replaced. The most prosperous law practices in 2020 will be those that are able to successfully adjust their business models to use artificial intelligence–type tools while at the same time promoting and delivering the part of the legal service value proposition that the machines are not able to provide”. JANIS, Blair. How Technology Is Changing the Practice of Law. Vol.31 no.3. American Bar Association. Disponível em: https://www.americanbar.org/publications/gp_solo/2014/may_june/how_technology_changing_practice_law.html. Acesso em: 21 ago. 2017.
[4] MARKOFF, John. Armies of Expensive Lawyers, Replaced by Cheaper Software. The New York Times, Marco 4, 2011. Disponível em: http://www.nytimes.com/2011/03/05/science/05legal.html. Acesso em: 25 out. 2017.
[5] DE MARTIN, Juan Carlos. Disponivel: https://160caratteri.wordpress.com/2018/02/12/luniversita-del-futuro-fra-bit-e-democrazia-per-alessandria-sara-davvero-la-volta-buona/. Acesso: feb. 12, 2018.
[1] Tradução livre. do texto original RIVERA, Laura Nathalie H. "Getting Ready for the Future(?). Blog: Technicality: Musings, Tech & Law. Disponivel: http://hnlconsulting.blogspot.com.br/2018/02/getting-ready-for-the-future.html?spref=tw
[2] O autor, fazendo alusão ao artigo da Wired Magazine, descreve o entusiasmo e acréscimo dos usuários de novas tecnologias que olham elas como uma ferramenta pra a participação política e como meio pra reviver a democracia. FERDINAND, Peter. The Internet, Democracy and Democratization (Democratization Studies).Taylor and Francis: Kindle Edition. p.8
[3] Em 2014, a Associação Americana dos Advogados (American Bar Association), como consequência dos avanços e os diversos efeitos jurídicos trazidos pelas tecnologias a praticamente todos os âmbitos da vida cotidiana em sociedade, já falava sobre o futuro da profissão (anho 2020), e as qualidades dos advogados que irão suceder frente aos novos paradigmas abordados pelo direito digital: “The key to our future success as legal service providers lies in our ability to identify the specific lawyering areas in which we can be replaced and those in which we cannot be replaced. The most prosperous law practices in 2020 will be those that are able to successfully adjust their business models to use artificial intelligence–type tools while at the same time promoting and delivering the part of the legal service value proposition that the machines are not able to provide”. JANIS, Blair. How Technology Is Changing the Practice of Law. Vol.31 no.3. American Bar Association. Disponível em: https://www.americanbar.org/publications/gp_solo/2014/may_june/how_technology_changing_practice_law.html. Acesso em: 21 ago. 2017.
[4] MARKOFF, John. Armies of Expensive Lawyers, Replaced by Cheaper Software. The New York Times, Marco 4, 2011. Disponível em: http://www.nytimes.com/2011/03/05/science/05legal.html. Acesso em: 25 out. 2017.
[5] DE MARTIN, Juan Carlos. Disponivel: https://160caratteri.wordpress.com/2018/02/12/luniversita-del-futuro-fra-bit-e-democrazia-per-alessandria-sara-davvero-la-volta-buona/. Acesso: feb. 12, 2018.
O Grupo de Estudos e Pesquisa em Tecnologia, Direito e Inclusão foi criado com o intuito de suprir uma demanda da região Nordeste por mais organizações e plataformas de participação em que jovens, estudantes, professores e cidadãos em geral possam debater e contribuir com a produção científica e acadêmica a respeito dos aspectos jurídicos relacionados com as tecnologias. Atualmente, o grupo é formado por cerca de 25 pesquisadores e acadêmicos de diferentes instituições do Nordeste do Brasil.
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